Cadeia de suprimentos: como driblar os impactos do coronavírus

cadeia de suprimentos

A pandemia do novo coronavírus pegou empresas e indústrias desprevenidas, trazendo uma onda de efeitos colaterais que causaram impactos significativos na cadeia de suprimentos. Apesar da queda na tendência de consumo, atender as demandas do mercado tem se tornado um verdadeiro desafio justamente pelo problema ocasionado na primeira etapa de fabricação de produtos: a deficiência na entrega de mercadorias, insumos e matérias-primas.

Por ser um cenário totalmente novo e inesperado, muitos gestores da cadeia de suprimentos ainda estão na fase reativa sobre como agir diante deste contexto. Isso inclui, sobretudo, identificar os impactos que o coronavírus trará para as operações na supply chain e em toda a cadeia logística. 

Contudo, não há mais tempo para esperar: minimizar os impactos da pandemia é uma tarefa que deve ser realizada o quanto antes para não comprometer os resultados da empresa a curto, médio ou longo prazo. Para isso, é preciso identificar ações estratégicas que possam fazer a diferença neste momento.

Para te ajudar nessa missão, trouxemos 5 dicas para você manter o controle sobre a cadeia de suprimentos e garantir a continuidade dos negócios neste momento tão crítico. Acompanhe!

1. Redesenhe a rede de fornecedores

O primeiro passo é garantir uma visão sistêmica de sua cadeia de suprimentos para avaliar possíveis interrupções em alguma parte da cadeia. O ideal é criar uma espécie de catálogo com todos os componentes, a fim de identificar aqueles que não possuem substitutos imediatos ou são obtidos em áreas bastante afetadas.

Uma vez que os componentes críticos tiverem sido identificados, as empresas poderão avaliar o risco de interrupção dos fornecedores. Com essas informações em mão, as organizações podem identificar fornecedores alternativos em termos de qualificações, quando possível, fora das regiões severamente afetadas. 

2. Estime o estoque disponível

Estimar todo o estoque ao longo da cadeia de valor ajudará no planejamento da capacidade durante o período de recuperação. É importante considerar as peças sobressalentes e estoque remanufaturado, uma vez que eles fazem parte da cadeia de valor e poderão estar disponíveis.

Além disso, o estoque pós-venda pode ser usado como ponte para manter o funcionamento da produção. Para empresas que possuíam um grande estoque antes da proliferação do coronavírus, manter as atividades em funcionamento será ainda mais fácil devido à quantidade de insumos disponíveis.

3. Avalie a demanda do consumidor

Em um momento como este, é comum que haja aumento ou diminuição da demanda por determinados produtos, tornando a estimativa realista da demanda mais difícil e ainda mais importante. Para avaliar o cenário de cada segmento, as empresas devem dar uma atenção maior às demandas que estão recebendo de seus clientes.

Canais de comunicação direta com o cliente, insights de mercado e bancos de dados internos e externos podem fornecer informações valiosas para a avaliação do estado atual da demanda de seus clientes. Assim, é possível ter mais precisão no momento de compra de insumos para a cadeia de suprimentos, evitando excessos ou falta de materiais que possam comprometer o resultado final.

4. Opte pelo Just in Time

O Just in Time é um sistema de produção idealizado para produzir um determinado produto de acordo com a demanda de venda. Isso quer dizer que o produto só é fabricado depois que é vendido. A grande ideia deste modelo é eliminar a necessidade de formação de estoques e garantir que o produto chegue no momento certo ao consumidor.

Diante dos impactos do coronavírus, adotar o Just in Time é uma alternativa que pode se mostrar muito eficiente para organizações dos mais variados segmentos. No cenário atual, a grande vantagem é a redução do risco de produtos e matérias-prima ficarem parados no estoque.

5. Dê atenção à logística de transporte

Por fim, vale ressaltar que é preciso dar atenção à logística de transporte. Em um momento de crise, entender a capacidade logística atual e futura no modal de transporte será ainda mais fundamental do que de costume, assim como priorizar as necessidades de logística de acordo com a capacidade necessária e o atendimento ao prazo de entrega do produto.

Manter uma abordagem ágil na gestão da logística é um grande diferencial para uma rápida adaptação a quaisquer mudanças que possam afetar o desempenho e as atividades das organizações. Portanto, fique atento às estratégias de logística de transporte!

 

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