No Brasil, o transporte rodoviário ainda é o modal mais utilizado no setor logístico. Para se ter uma ideia, cerca de 70% de toda a carga movimentada no país chega ao destino final por meio das rodovias. Esse alto índice reflete em gastos elevados que podem chegar a quase 12% do PIB nacional, mas você conhece os reais custos do transporte de carga?
Se sua empresa também depende do transporte rodoviário para entregar os produtos e mercadorias ao consumidor final, é importante conhecer os custos envolvidos para não correr o risco de realizar uma má gestão da logística e precisar arcar com despesas desnecessárias.
Seja pela terceirização do serviço ou por meio de uma frota própria, os custos logísticos com o transporte envolvem uma série de fatores que fazem com que o preço seja elevado. Conheça os principais custos!
Custos fixos
Os custos fixos são aqueles que não dependem da distância percorrida pelo veículo, ou seja, são calculados mensalmente e existem independentemente do tipo de operação. Saiba quais são eles:
- remuneração do motorista: são as despesas mensais com salário, horas extras, encargos sociais e benefícios;
- salário da oficina mecânica: compreende os custos com pessoal de manutenção e seus respectivos encargos sociais e benefícios;
- licenciamento anual: referem-se aos tributos fiscais recolhidos, antes mesmo de o veículo entrar em circulação, como IPVA, DPVAT e Taxa de Licenciamento;
- reposição do veículo: é composto pelos valores que são destinados à aquisição de novos caminhões, geralmente mensais, a fim de substituir aqueles que já completaram seu ciclo de vida útil econômica;
- reposição do equipamento: assim com as reposição do veículo, equipamentos rodoviários também necessitam ser trocados quando sua vida útil se completa. Esse custo é o valor para a reposição de itens como semirreboque, lonas etc.;
- seguro obrigatório do veículo: é a quantia paga a uma seguradora para que, em caso de sinistros (como roubo, acidente ou furto do veículo segurado), os custos sejam cobertos total ou parcialmente pela empresa contratada;
- seguro do equipamento: é o custo fixo requerido à seguradora, assim como no caso dos veículos, mas que serve para cobrir equipamentos;
- remuneração do capital empatado: compreende o valor monetário ganho em aplicações, caso o capital não fosse usado para a aquisição do veículo.
Custos variáveis
Diferente dos custos fixos, os custos variáveis envolvidos no transporte de carga estão sujeitos a alterações, uma vez que dependem de fatores como a quilometragem rodada dos veículos. Os principais são:
- peças, acessórios e materiais de manutenção: o custo é estimado por meio de um percentual sobre o valor do veículo novo, completo e sem pneus;
- combustíveis: compreende valores gastos com combustível para cada quilômetro rodado;
- lubrificantes: despesas com produtos para lubrificação interna de motores e da transmissão dos veículos;
- lavagem e engraxamento: serviço muitas vezes terceirizado, realizado em postos de combustíveis ou empresas especializadas;
- pneus e recauchutagem: despesa devido ao desgaste dos pneus, podendo ser ocasionado também por falta de alinhamento e balanceamento, incidentes no trajeto (como buracos, pedras, depressões, objetos cortantes), dentre outros;
- pedágios: valor pago à concessionárias para manutenção das estradas. A cobrança é realizada diferentemente para veículos de passeio (que têm a cobrança de uma tarifa fixa) e para veículos comerciais, cuja tarifa é cobrada multiplicada pelo número de eixos do veículo.
Como reduzir custos no transporte de carga?
Apesar da dificuldade, reduzir custos no transporte de carga é uma alternativa eficiente para aproveitar os recursos com assertividade, garantir maior competitividade em seu segmento de atuação e otimizar seus processos logísticos de maneira geral. As dicas abaixo podem te ajudar nessa missão!
- Conheça seus processos: conhecer todos os processos envolvidos no transporte de carga é o primeiro passo para reduzir custos. Dessa forma, fica mais fácil saber quais operações podem garantir mais economia.
- Invista em tecnologia: existem ferramentas tecnológicas próprias para o setor de transporte que automatizam processos, evitam falhas humanas, otimizam a gestão e, consequentemente, contribuem para a redução de custos.
- Otimize a rotina de entrega: garantir maior controle sobre a rotina de entrega ajuda a evitar erros, como produtos da mesma compra enviados separadamente e atrasos, o que permite enxugar os custos com o transporte.
- Aposte na roteirização: através de uma roteirização eficiente e estratégica, seus veículos irão se deslocar em menor tempo e pela menor distância possível, evitando gastos desnecessários.
- Faça manutenção preventiva: em nosso tópico de gastos variáveis, você pôde notar que muitos custos estão relacionados à manutenção dos veículos. Para evitar que eles sejam ainda maiores, é importante realizar a manutenção preventiva periódica da frota.
Gostou do nosso conteúdo? Siga-nos no Facebook, LinkedIn e Instagram para continuar acompanhando nossas novidades!